É uma pergunta simples, mas cuja resposta exige reflexão: devo investir? A resposta mais honesta é: “depende”. Depende dos seus objetivos, da sua situação financeira, do seu perfil de investidor e do horizonte temporal que tem em mente.
Mas, para muitas pessoas, a resposta tende a ser sim. Porque investir, mais do que um luxo ou uma opção apenas para especialistas, é uma forma de proteger e rentabilizar o seu dinheiro ao longo do tempo.
Investir é aplicar o seu dinheiro num ativo com o objetivo de gerar retorno no futuro. Pode ser um depósito a prazo, ações, obrigações, fundos de investimento ou até um plano de poupança-reforma. Investir implica sempre algum grau de risco, mas também a possibilidade de obter um rendimento adicional. A avaliação do binómio rentabilidade/risco deve ser uma componente fundamental em qualquer decisão de investimento consciente.
Por que investir?
- Para proteger o valor do dinheiro ao longo do tempo: Com a inflação, o poder de compra do dinheiro diminui. Se o seu dinheiro estiver parado, estará a perder valor sem se dar conta. Investir é uma forma de contrariar esse efeito.
- Para concretizar objetivos de médio e longo prazo: Comprar casa, pagar a educação dos filhos, preparar a reforma ou simplesmente acumular património. Investir permite transformar poupança em capital.
- Para gerar rendimento: Alguns investimentos, como ações com dividendos ou obrigações, podem gerar rendimentos periódicos, funcionando como complemento do orçamento familiar.
Quando não devo investir?
Investir só faz sentido quando tem as suas finanças pessoais organizadas, quando já conseguiu constituir um fundo de emergência (por exemplo, equivalente a 3 a 6 meses de despesas fixas) e não tem dívidas de curto prazo com juros elevados (como cartões de crédito).
Investir não deve ser visto como uma forma de resolver problemas financeiros imediatos, mas antes como é uma ferramenta para construir o futuro com tempo, estratégia e disciplina.
Como devo investir?
Pode começar com produtos simples e familiares, como:
- Depósitos a prazo, para se habituar à ideia de aplicar dinheiro por um período de tempo definido;
- PPR (Plano Poupança Reforma), com benefícios fiscais e disponível em versões com risco mais conservador ou mais dinâmico;
- Fundos de investimento propostos pelo seu banco, ajustados ao seu perfil de investidor;
E, mais à frente, explorar outros produtos como ações ou ETF, se tiver uma maior tolerância ao risco.
Se quiser proteger o seu dinheiro da inflação, alcançar objetivos futuros e pôr a sua poupança a trabalhar por si, deve fazê-lo com conhecimento, bom senso e com apoio de quem o possa ajudar a tomar decisões informadas. Fale com o seu banco. Os seus especialistas estão preparados para o apoiar na análise do seu perfil de risco, na escolha de soluções de investimento adequadas e na definição de uma estratégia financeira alinhada com os seus objetivos.
Investir não é uma aposta: é um plano. E quanto mais cedo começar, mais tempo terá o tempo a seu favor.